domingo, 17 de outubro de 2010

Orçamento de Estado para 2011 – o resultado das políticas socialistas

Depois de algumas trapalhadas, falta de cumprimento de prazos e falta de respeito pela Assembleia da República, foi, na passada sexta-feira, apresentado o orçamento de estado.
Todos nos recordamos, aquando da apresentação da proposta de revisão constitucional pelo PSD, de ouvir o PS a tocar os sinos a rebate em suposta defesa do estado social. A verdade é que na passada sexta-feira apresentou o orçamento de estado que o destrói.
Durante 15 anos de governos socialistas, vivemos a gastar à tripa forra. Valeu tudo. Desde criação de subsídios de toda a ordem, proliferação de fundações a beberem directamente do orçamento de estado, SCUTS, boys e mais boys, estádios, até um subsídio aos produtos petrolíferos de forma a não se reflectir no preço dos combustíveis o aumento verificado nos mercados, enfim, um descontrolo da despesa sem par. E o governo Sócrates, neste campo, foi uma catástrofe para o país. Após sucessivos avisos do PSD sobre o rumo que as finanças públicas estavam a tomar, o Primeiro-ministro foi prometendo tudo (começou logo por 150 mil novos empregos) e fazendo de conta que tudo estava bem (lembram-se quantas vezes foi proclamado o fim da crise? E o aumento dos funcionário públicos em véspera de eleições?). Só há duas razões para se fazerem promessas impossíveis de cumprir: ou o desconhecimento da realidade ou, mais grave, com o único objectivo de ganhar eleições, custe o que custar. Por uma ou por outra, a conclusão é a mesma: o Primeiro-ministro não é de confiança, e não admira que o presidente do PSD se recuse a discutir com ele, sem a presença de testemunhas. 
O orçamento para 2011 é, essencialmente, um orçamento feito com as premissas que o governo negou enquanto pôde. Mas a verdade é como o azeite; vem sempre ao de cima. E a verdade é que o PSD tinha razão. Foi responsável e falou verdade aos portugueses, relegando para segundo plano os reflexos negativos que isso poderia ter (e teve) nos resultados eleitorais.
É triste que o PS venha agora desculpar-se com a crise internacional. Se a crise é internacional, como é que se explica que Portugal vá ter nos próximos 5 anos, segundo o FMI, o 3º pior desempenho económico do mundo!? Além disso, não houve um único ano dos governos Sócrates em que Portugal tenha crescido acima da média da zona Euro; estivemos sempre a divergir!
Mas o mais grave é que estas medidas, um sangrento massacre fiscal que espreme por completo a classe média, não vão ser suficientes para equilibrar as contas públicas. Já todos os analistas perceberam que o governo faz, neste orçamento, previsões de crescimento económico que não se verificarão e estima uma receita fiscal que não vai ter. Ou seja, cá estaremos daqui a alguns meses a discutir mais um pacote de medidas de extermínio da economia do país. Quais serão os impostos a aumentar e os cortes a efectuar desta vez?
Esperamos que todos estes sacrifícios impostos aos portugueses pelo governo socialista tenham servido, pelo menos, para tirar uma importante lição: eleger um partido e um Primeiro-ministro que governam com o único objectivo de manter a popularidade nas sondagens, virados para si mesmos e para a auto sustentação do seu próprio aparelho, sem qualquer preocupação com o futuro colectivo de Portugal, custa caro, muito caro.
Da parte da JSD, continuaremos empenhados em construir, no seio do PSD mas a partir dos anseios da sociedade civil, uma alternativa melhor para os portugueses. Assim eles o queiram.

Guarda, 17 de Outubro de 2010

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